domingo, 7 de agosto de 2011

Abri assim meu blog e fiquei aqui pensando se eu ainda tenho algo à dizer. O mais engraçado é que até meus 16 anos eu sempre tinha protestos sociais à manifestar, indignações públicas ou confusões existencialistas. O negócio é que é mais fácil questionar tudo quando se é, de certa forma, inocente. Hoje, com uma bagagem social um tanto maior, eu percebo que ficar gritando aos quatro ventos que você não concorda, sem ter uma solução melhor, é mesma coisa que ficar calado. A prudência é amiga íntima do silêncio, e confabulam sobre o futuro em nossas mentes.
Me perco em leituras tão mais profundas que eu. As neuropsicoses de defesa, O existencialismo é um humanismo, A questão da técnica, Poesia Social, e parece que me superficializo, contente com o pensamento dos outros, afinal eles têm muito mais autoridade e eu sou uma mera pseudo-intelectual acadêmica que adora citar sempre os mesmos nomes. Pelo menos eu conheço um pouco desses nomes.
E paro para refletir se isso, de fato, é ruim. Isso de absorver o discurso alheio sem filtrá-lo muito para conceber um que seja meu. Não consegui chegar numa conclusão, afinal não tenho meu discurso. Não, baby, foi só a dose de irônia do café da manhã. Por fim percebo que tudo que acontece agora é o caminho de reflexão e antítese para chegar até a síntese que serei eu na minha maturidade. Mas por enquanto, agora, sou apenas um abstrato de conceitos em conflito.

brudancini

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