segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
O porteiro chama minha mãe desesperado. Ela estava se arrumando para ir pra academia. Ela grita, ela chora e todos esperariam um desmaio, mas ele ajoelha-se ao meu lado e diz pela primeira vez que me ama. Todos sabiam que ela amava, e principalmente eu, mas ela só disse quando o ar tinha ido embora. Eu estou sentada ao lado dela, e quando toco seu rosto, ela pode sentir. Uma leve brisa. E eu quero chorar, não mãe, não chora, não é sua culpa. Eu sempre soube o quanto você me amava. Ela abraça meu corpo, mas eu não estava mais ali. Eu tentei voltar, quando os médicos deram o choque. Eu tentei. Mas o fio havia se rompido. Não consigo remendar mãe, me desculpe por ter deixado meu guarda-roupa bagunçado. E me desculpe por ter aprontado. E por te fazer chorar, me desculpe se até no fim eu fiz isso. Mas eu sempre soube...
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