domingo, 9 de janeiro de 2011

Sabe-se lá porque, eu conto tudo por mais que isso machuque minha alma. Existem alguns assuntos que por mais antigos que sejam, vão sempre machucar você. E os piores são aqueles que foi você que fez. Não, ninguém me magoou. Ninguém me iludiu. Eu, idiota que sou, joguei minha imagem no lixo simplesmente porque não queria que jamais ele descobrisse algum podre meu de qualquer outra boca que não fosse a minha. Por mais que você pudesse duvidar, eu te entregava toda a minha alma, quase chorando olhando para um passado ridículo. Mas, vamos lá. Todos fomos adolescentes. E adolescente rebelde era meu apelido. Tudo que eu tinha pra fazer de errado eu fiz. Mas quem eu sou hoje? Alguém que pode dizer não sabendo do que está falando. Eu sou a mudança que quero ver. Eu bebi, eu fumei, eu dei fiasco. Eu fiquei com idiotas. Eu fiz tudo isso. Fugi de casa, falei besteira. Andei desarrumada. E tudo isso faz parte de quem eu sou agora por que, mesmo querendo, eu não posso apagar quem eu fui, pois se não deixaria de ser quem eu sou. Eu sou a mulher decidida, que sabe o que quer, trilha seus caminhos, segue seus objetivos. Entre uma cagada e outra ela sempre esteve aqui. Afinal, entre uma rebeldia e outra, eu era a melhor da classe. Eu passei no vestibular. Eu fiz o que devia fazer. E aprendi com muita dor a me afastar do que fazia mal. Aprendi deitada no divã a olhar pra dentro e me achar e jamais procurar lá fora.
Eu te assusto. Eu sou uma gama que nem mesmo conheço e ofereço a você como se fosse um chá morno. Mas eu além de todos os erros, sou toda a aprendizagem.

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