terça-feira, 6 de março de 2012

Ideais, ideológico e idiossincrasia.

No capítulo introdutório do livro Introdução à Análise do Discurso, BRANDÃO (2004) aborda inicialmente uma retomada histórica da linguística, com uma breve referência à escola chomskyana, à saussureana e bakhtiniana, para concluir a fundamentação do surgimento de uma ciência denominada Análise do Discurso. A conclusão desse apanhado teórico é o fato da língua ser dual, tendo tanto seu componente linguístico em si, como fonética e sintaxe, responsáveis pela "mecânica" da língua e o componente ideológico, com influências tanto sociais quanto psicológicas, que determina as escolhas na língua, a formação de sentido, compreensão ou não desses e a adequação dos mesmos na sociedade.
Na sessão nomeada A perspectiva teórica francesa a autora mostra o surgimento da AD como ciência essencialmente interdisciplinas, por tentar analisar a língua de maneira linguística, histórica e psicológica. Como objeto de estudo dessa ciência, citando Maingueneau (1987), a autora propõe os dois componentes formadores da linguagem e passíveis de estudo: a competência específica, isto é, as regras linguísticas; competência ideológica que torna possíveis as significações novas ou o reconhecimento das já conhecidas. Porém, a palavra ideológica empregada como fator chave para delimitação do campo de estudo tem uma história de significação controversa e bem por isso a autora utiliza a próxima sessão para definir o termo através de um apanhado teórico-histórico.
O primeiro conceito em cima da palavra ideologia discutido no capítulo é acerca do sentido atribuído por Marx e Engels, para estes a ideologia seria uma lente através da qual a burguesia imporia à sua visão de mundo distorcida às massas, distorcida pois apesar de ter base na realidade, a ideologia à colocaria de ponta-cabeça, de acordo com os mecanismos necessário para manter o poder da classe dominante. Marcação pessoal, é um conceito que se assemelha ao que chamaríamos de alienação ou manipulação.
Já em Althusser(1970), mesmo mantendo uma interpretação congruente com a ótica marxista pejorativa do termo ideologia, há uma divisão entre essa "ideologia dominante" e uma "ideologia geral" que seria a relação imaginária dos indivíduos com a realidade, isto é, a interpretação consciente ou inconsciente da realidade, a referenciação do homem ao plano material. Assim, apenas através da ideologia é possível exprimir a realidade, pensar, refletir ou referir-se à ela, é a ideologia que faz do indivíduo um sujeito inserido em práticas reguladas pelos aparelhos ideológicos (como a religião, a família, etc).
Em seguida, abordando Ricoeur, Brandão atenta para um sentido anterior ao apontando por Marx como ideologia de classes, seria uma ideologia geral responsável pela integração social do indivíduo. Através desta há a perpetuação de um ato fundador inicial, isto é, o mantimento da força inicial de um ato para transformá-lo num costume, pertinente à necessidade de representar-se de cada grupo social. A ideologia seria também o motivo e a justificativa da práxis social, ou seja, é o que dá razão de ser aos grupos existentes e seus costumes e práticas. Em terceiro lugar, seria sua função formar slogans, simples, que codificassem de maneira racional suas idéias, ou seja, a linguagem é a maior ferramenta ideológica. Em quarto lugar está o fato da ideologia ser inconsciente, ela é uma lente através da qual vemos mas não podemos vê-la diretamente, por isso ela distorce a realidade, voltando ao sentido marxista. E por fim, a ideologia seria responsável por uma inércia, seria um pensamento reacionário, que rejeita o novo e quer manter o que já se é de praxe.
Ainda na teoria de Ricoeur, a autora faz referência à outras duas funções da ideologia, a função de dominação, que busca manter os aspectos estruturais e hierárquicos da sociedade, como o poder governamental, é a ideologia que o legitima, ou a autoridade de um professor em sala de aula. A outra função seria a de deformação, que seria o mesmo adotado por Marx e Engels, de distorcer a realidade de acordo com os interesses de determinada classe, para mantimento do poder ou outros fins.
Concluindo a discussão acerca do tema ideologia, Brandão afirma que ideologia é uma visão do mundo que opera por trás dos pensamentos, da linguagem e das ações, regulamentando-os e ditando-os.

Bruna Dancini

segunda-feira, 5 de março de 2012

What is this fear that comes together with happiness? What is this feelling that nobody deserves to be that happy, that it is a sin to feel free, to be hopeful about a perfect life. You look at the face of your true love and feel afraid that it will be no time enough to be happy forever. What if it ends tomorrow? Our silly life full of commitments, and empty of that simple moments when you are completely sure about what hapiness is. That moment when you hold my hand and I forget all the things. That moments are one in a million of study, work, sleeping, concerns. I wish I could at least dream with our happiness every night, so I could enjoy us a bit more. But in the end, what I can be totally sure is that God forgives us, because our love is much bigger than any sin, than any institution as marriage, or anything, because I know he bless us for the beauty of this feeling.

brudancini