sábado, 21 de abril de 2012

de salto alto e luz baixa

Eu vim aqui editar meus textos e me deparo com um título não publicado: de salto alto e luz baixa. Título engraçado e eu nem sei o que era que eu pretendia escrever quando dei esse título, mas pode significar muita coisa. Aquilo de experimentar o sapato da mãe escondido quando se tem cinco anos e se sonha em ser uma princesa. Sinonimo de andar de salto, aos cinco anos. Pode ser a primeira festa de 15 anos à que se vai. Com o vestido longo não combinando com a cara de bolacha da idade. E claro, o salto alto. E a luz baixa da primeira dança de verdade com um menino random. Ou a primeira vez que você se entope de maquiagem e vai pra sua primeira noitada. Jurando que é a queen of the night, mas no fundo acha que todo mundo sabe que você só tem 16. A luz baixa disfarça o excesso de maquiagem que na verdade é pra disfarçar a idade. Ou será que é a coisa depressiva do pé te matando quando você está presa num sorriso falso num lugar com uma luz baixa que não te deixa enxergar os olhos de ninguém? Ou será que era o sapato alto rosa, com a sainha azul, no lugar de luz baixa que demos nosso primeiro beijo uns minutos antes de dizer adeus pela primeira vez? Sei lá, pode significar muita coisa, não sei o que era na hora. Mas ter deixado ali foi interessante...

quinta-feira, 19 de abril de 2012

O tempo

Quem foi o safado que inventou o tempo? Quem foi que começou a contar quanto temos que dormir, quando temos de comer, que horas amar? Pois eu prefiro me abster, quando posso, do tempo. Foram dois dias em que descobri que o tempo só traz preocupação. É tarde, ando a pé por ruas um tanto perigosas, centro da cidade, mas eu não trouxe o tempo. Relógio ficou em casa. Sozinha, não há medo, pode ser 7 da noite ou 11. Não importa, se não há tempo, há liberdade, há tranquilidade. Olhar em volta e não ver. Lembrar dos outros sentidos e sinestésicamente perceber o arredor, arrepia a história que contém cada rua, cada esquina de anos. Esse é o tempo que importa, os minutos, esses nada tem. São 6 horas, nós combinamos 5 e meia, e nada. Mas, sem o tempo, eu não sei que está atrasado. Não fico brava. Vê? Quantas vezes o tempo me tirou o humor? Quantas vezes a neurose de olhar os minutos me fez esquecer de olhar teus olhos? O céu e o horizonte... ? Eu quero é liberdade e contar o "tempo" pelas batidas do meu coração, e achar que ele se multiplica em vez de se dividir quando estou do teu lado.
Que dia é hoje? E que hoje é hoje? É o mesmo hoje do dia que chamaram de hoje há mil anos? Não. É o tempo que muda, é o tempo maior, o tempo das mudanças perceptíveis. Os minutos, as horas, esses esquecemos. Mas quando não prestamos atenção, acontecem os momentos, muito diferentes dos minutos. São os momentos que trazem a lembrança. Ninguém vai lembrar que importante foi olhar o relógio

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Ego...

Algumas mulheres foram feitas, mas eu gosto de pensar que fui criada, para um propósito especial... rs, início de uma música com nome tão sugestivo e que, na verdade, se refere ou a uma conta bancária ou um pênis uahuahua...
Mesmo assim, a música, só esse comecinho, sobre ser criada me faz sorrir de um jeito malandro, pensando que sim, eu fui. Garoto, eu fui criada para seu ego.

Entenda como quiser